quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Rosa


Tenho a certeza que o meu melhor professor, Jorge Macedo Rocha, não se importará que aqui cite um poema - sim, professor, é um lindíssimo poema - que escreveu para o livro A Minha Palavra Favorita e que organizei há alguns anos. Tinha por este senhora um carinho muito especial. Sempre encantadora, profissionalíssima nos projectos que fizemos juntos (um romance escrito em tempo recorde para ser oferecido com a Sábado, depois editado para a livraria; duas adaptações maravilhosas para os Clássicos da Literatura Portuguesa Contados às Crianças do semanário Sol), belíssima de alma e olhar, querida de se querer. Fará falta.


Rosa era o nome da minha avó. Branca Rosa. Ainda hoje ouço a sua voz atravessar o quintal para me cobrir com alegria e infância; e sinto o seu olhar tranquilo, cheio de bondade e força, que desaguou inteiro no sorriso da minha mãe. É verdade: o importante é a Rosa. A Rosa é que é importante.


Hoje, professor, permita-me que esta Rosa tenha mais dois nomes: Lobato de Faria.